Em Miami, Gloria Pires pede que 'todos rezem' por Fábio Barreto

Diretor de 'Lula, o filho do Brasil' está em coma há oito meses.
Irmã do cineasta se emocionou em discurso no Brazilian Film Festival.

Dolores Orosco
Do G1, em Miami - a jornalista viajou a convite do Brazilian Film Festival of Miami


Um discurso emocionado da atriz Gloria Pires e da produtora Paula Barreto marcou a exibição de “Lula, o filho do Brasil” na noite desta sexta-feira (20) no Brazilian Film Festival, em Miami Beach. As duas fizeram uma homenagem ao diretor do longa, Fábio Barreto, que em dezembro passado sofreu um grave acidente de carro e desde então permanece em coma.

A produtora Paula Barreto com a atriz Gloria Pires antes da exibição de 'Lula, o filho do Brasil' no festival de cinema brasileiro em Miami. (Foto: Dolores Orosco/G1)

“Fomos bombardeados na época do lançamento deste filme, as pessoas diziam que nossa intenção era eleger a Dilma, um monte de absurdos...”, desabafou Paula, que é irmã do cineasta e preside o júri da competição. “Mas nossa intenção sempre foi contar a bela história de uma família, uma grande família, que foi lá e conseguiu vencer”.
Ao mencionar a ausência de Fábio na apresentação de “Lula” em Miami, Paula não conteve as lágrimas. “Infelizmente meu irmão não pode estar aqui, ele sofreu um acidente gravíssimo e está em coma. Mas tenho certeza que ele estaria cheio de orgulho com essa casa lotada e tão receptiva com o nosso filme”.
Também bastante comovida, a atriz Gloria Pires - que no longa interpreta Dona Lindu, a mãe do presidente Lula - disse poucas palavras em inglês com a voz já embargada. “Vamos todos rezar por Fábio”.
Barreto, de 52 anos, sofreu o acidente no último dia 20 de dezembro, quando voltava do aeroporto Tom Jobim, no Rio. Ao passar por um túnel, em Botafogo, perdeu o controle do carro, que capotou várias vezes.
O diretor sofreu traumatismo craniano, ficou internado por três meses e passou por duas cirurgias. Atualmente recebe tratamento em sua casa.

Lula internacional
“Lula, o filho do Brasil” teve estreia nacional em janeiro deste ano e traz o ator Rui Ricardo Diaz interpretando o presidente desde os primeiros anos de sindicalismo até a chegada ao poder. No festival em Miami a produção foi exibida fora de competição em sessão lotada no teatro Colony.
“Sempre ouvimos falar algumas coisas do Lula por aqui, por isso ficamos curiosos em ver o filme”, contou a designer americana Sheryl Anderson, de 45 anos, na fila da bilheteria que dobrava a esquina do teatro. “É um presidente de esquerda, mas não é um maluco como o Chavez. É importante os latinos terem um líder como o Lula”, completou.
Outro americano curioso com a história do presidente brasileiro era o estudante Kevin Willians Mendez, de 19. “Lula tem muito carisma, assim como o meu presidente. Deveriam fazer um filme sobre Obama também”.
Para Gloria Pires – que foi bastante aplaudida pelo público do Colony – o interesse do espectador americano do Brazilian Film Festival pelo líder brasileiro tem explicação. “Lula é uma estrela internacional, um sucesso! Está aí a prova”, opinou. “Mas o que mais me encanta e me orgulha nesse filme é o fato de ser também uma história ancestral, da mãe batalhadora, que faz do filho um vencedor”.

Fonte de pesquisa:
G1 (Link original, aqui)

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