Em ‘Éramos Seis’, Gloria Pires e Antonio Calloni enfrentam as adversidades da classe média dos anos 20
Em Éramos Seis, a nova novela das 6, família de Lola (Gloria Pires) e Júlio (Antonio Calloni) aparentemente é como qualquer outra da classe média paulistana dos anos 1920. Um casal com seus quatro filhos, cujo patriarca trabalha bastante para manter as contas em dia, e sua esposa fica em casa com as crianças, sendo responsável pela rotina e educação deles.
Júlio trabalha em uma loja de tecidos, é muito correto e dedicado e tem a ambição, assim como a maior parte dos homens de sua época, de enriquecer para oferecer à sua família uma vida boa e confortável. Lola, por sua vez, acredita que quando se faz sua parte, o resto acontece naturalmente, e que, enquanto estiverem unidos na casa que estão comprando com tanto suor, terão o suficiente para seguir em frente. Suas ambições se resumem, principalmente, às expectativas que têm para o futuro dos filhos.
Mas nem tudo é o que parece e os Lemos têm alguns desafios a enfrentar. O primeiro conflito de Júlio e Lola é a compra do imóvel. Júlio trabalha muito, não tem tempo para se dedicar aos filhos e quando está em casa, frequentemente, está cansado e sem paciência para lidar com a agitação das crianças. Para ele, todo o esforço e dinheiro que eles colocam nesta compra poderia ser evitado se morassem em um local mais de acordo com seu ordenado.
A dificuldade para pagar o banco, contudo, é apenas um dos obstáculos do casal. No início da década de 1920, Júlio começa a apresentar graves problemas de saúde, o que provoca custos inesperados. Carlos (Xande Valois/ Danilo Mesquita) e Alfredo (Pedro Sol/ Nicolas Prattes) vivem em pé de guerra, pois enquanto o primeiro é muito correto, ótimo aluno e traz alegrias para o casal, o outro é arteiro, está sempre se envolvendo em confusões com os vizinhos e vai mal na escola. Carlos, como irmão mais velho, tenta corrigir Alfredo, que se incomoda com sua intromissão e acaba aprontando mais.
Além disso, Júlio tem uma oportunidade concreta de enriquecer com uma proposta de sociedade feita por Assad (Werner Schünemann), proprietário da loja onde trabalha. Mas não consegue enxergar de onde poderia tirar os 50 mil contos de réis que precisa para selar o acordo, o que o deixa ainda mais frustrado.
Isabel (Maju Lima/ Giullia Buscacio), embora seja determinada e independente, está habituada aos mimos do pai e acaba não colaborando. E Julinho (Davi de Oliveira/ André Luiz Frambach), mesmo demonstrando habilidade para lidar com finanças desde criança, é muito novo para fazer algo que ajude os pais.
Ainda assim, o afeto entre eles se sobressai e os laços familiares se impõem diante das adversidades. Júlio se esforça para ser um pai mais presente e carinhoso, e Lola busca ser compreensiva com as atitudes tempestuosas do marido, pois enxerga a pressão que ele coloca em si mesmo a fim de oferecer a todos uma vida melhor.
Com estreia prevista para este semestre, Éramos Seis é escrita por Angela Chaves, baseada na novela original escrita por Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, livremente inspirada no livro de Maria José Dupré. A direção artística é de Carlos Araújo.
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