Gloria Pires produz e protagoniza filme de policial com Alzheimer: “Filmar é enfrentar desafios diários, mas esse é o tempero”

 


Em “A Suspeita”, filme dirigido por Pedro Peregrino, Gloria Pires é mais do que atriz. Ela também produz o longa que vai abrir a Mostra Competitiva do 49º Festival de Gramado, no dia 13 de setembro. Na obra, Lúcia, interpretada pela carioca, é uma comissária da Polícia Civil do Rio de Janeiro que, em meio a uma investigação sobre um grande traficante do país, encontra indícios de que alguns de seus colegas policiais podem estar envolvidos em um esquema de corrupção. No entanto, a descoberta de que sofre do mal de Alzheimer torna o seu trabalho muito mais desafiador. 

Em conversa com Glamurama, a atriz de 57 anos comemora o reconhecimento do trabalho, comenta sobre amadurecimento e planos na carreira após a pandemia (por Baárbara Martinez). 

Glamurama: Qual o sentimento de ter um filme que atuou e produziu sendo selecionado para o Festival de Gramado? 

Gloria Pires: Estar em Gramado é um grande começo. É um dos mais antigos festivais, atrás do de Brasília e, portanto, um símbolo da resistência do nosso cinema. 

 Glamurama: A sua personagem tem Alzheimer. Foi o maior desafio desse trabalho? O que aprendeu ao interpretar uma pessoa com essa doença? 

GP: O diagnóstico desse mal ainda é bem difícil, principalmente quando se dá precocemente. Alguns sintomas são comuns, como rompantes de humor, ausências, esquecimentos, mas não há um padrão, o que pode levar tempo até o diagnóstico concluído. Filmar é enfrentar desafios diários, mas esse é o tempero! 

Glamurama: Você assumiu os fios brancos durante a quarentena inspirando outras mulheres. Como viver bem com o amadurecimento? 

GP: Antes de tudo, é importante perceber a passagem do tempo não como um fardo, mas como um presente. Afinal, envelhecer é inerente a estar vivo e tudo o que tem vida se transforma. 

 Glamurama: Já têm planos ou projetos pós pandemia? 

GP: Tenho bastante trabalho pela frente, embora ninguém tenha certeza de quando será o fim da pandemia… Em outubro filmo “Desapega”; em março tenho uma novela e depois dela, um longa ( ainda sem título definido) com o amado Whindersson Nunes. Há outros três longas em desenvolvimento e, se tudo correr bem, uma série para 2023, na Globo.

Fonte:
Glamurama

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