Musicaria Brasil homenageia Orlando Morais

O Blog Musicaria Brasil fez uma homenagem muito bonita ao cantor e compositor Orlando Morais pelos seus 50 anos, como aqui é a 'casa' de toda Família Pires de Morais estamos publicando o texto que faz uma explanação sobre a carreira do músico. Para verem mais fotos, vídeos e a discografia completa cliquem na imagem abaixo. Parabéns Orlando.


Orlando Morais, 50 anos

Hoje praticamente radicado na França, Orlando Morais colhe os frutos do sucesso na Europa.

Por Bruno Negromonte

Orlando nasceu em um estado que da década de 80 em diante começou exportar para o resto do Brasil alguns das principais vozes do sucesso radiofônicos do Brasil, porém por volta dos 17 anos de idade, mudou-se de Goiânia (GO) para o Rio de Janeiro, com o propósito de estudar Direito na Faculdade Cândido Mendes e acabou matriculando-se também no curso de Artes Cênicas. Nesse mesmo período, participou de um concurso no Conservatório de Música, classificando-se em primeiro lugar, tendo sido premiado com um violão. Em seguida, trancou a matrícula na faculdade para dedicar-se a música.

Cerca de três anos depois, por volta de 1982, viajou para a Europa, onde trabalhou como pianista no Hotel Vermar, em Portugal, durante dois anos, e no bar Le Tribulum, na França, durante mais dois anos. De volta ao Brasil, montou a banda Cavalo de Tróia, com a qual se apresentou durante dois anos no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Goiânia.

Em 1988, casou-se com a atriz Glória Pires. Em 1990, gravou seu primeiro disco, "Orlando Moraes", contendo suas composições "Certo país" (c/ Toni Costa), "Divinamente nua a lua" (c/ Caetano Veloso), tema da novela "Pantanal" (Rede Manchete), "O futuro" (c/ Toni Costa e João Rebouças), "Oriental" e "Portuga", ambas com Cazuza, "No trânsito" (c/ Cecelo), "Cruzando raios" (c/ Toni Costa), tema da novela "Mico Preto" (Rede Globo), e "Noite asiática" (c/ Carlos Fucks), além de "Transas de amor" (Marina Lima e Antônio Cícero) e "Mãe" (Caetano Veloso). A faixa "Portuga" lhe valeu o Prêmio Sharp, na categoria Pop-Rock.

Em 1991, lançou o CD "A rota do indivíduo", registrando suas músicas "Grunir", "Marujo de estrada" e "Limpar", todas com Toni Costa, "Logrador" e "Dita", ambas com Antônio Cícero, "A cara do Rio" (c/ Ronaldo Bastos), "Judeu", "Vento e lareira" (c/ Roberto Frejat), "Outra esfera" (c/ Ronaldo Barcelos) e a canção-título (c/ Djavan), além de "Se você pensa" (Erasmo Carlos e Roberto Carlos). O disco teve faixas incluídas nas trilhas sonoras das novelas "O dono do mundo" (Rede Globo), "Vamp" (Rede Globo) e "Ana Raio e Zé Trovão" (Rede Manchete) e recebeu indicação para o Prêmio Sharp.

Em 1993, gravou o CD "Ímpar", contendo suas composições "Cidadão" e "Ninguém", ambas com Toni Costa, "Ímpar" e "Antônia", ambas com Celso Fonseca, "Sonora" (c/ Arthur Maia), "Implosões", "Futebol", "Curvas e retas" (c/ Silvia Patrícia), "Máquina zero", "Lamparina" e "Figura" (c/ Dajvan), essa última incluída na trilha sonora da novela "Mulheres de Areia" (Rede Globo). Por esse disco, foi contemplado com o Prêmio FM, concedido aos artistas mais executados nas emissoras de rádio do país. Em 1994, compôs os temas musicais dos personagens da minissérie "Memorial de Maria Moura" (Rede Globo).

Em 1995, gravou o CD "Abismo Zen", registrando suas canções "Costura", "A montanha e a chuva", "Libera", "Cavaco", "TV, rádio e jornal", "O circo" (c/ Antônio Cícero), "Amolador", "O que vem a ser felicidade", "Agora", "Abismo zen", "Silêncio", "Lagoa humana" (c/ Dominguinhos) e "Desavença". O disco contou com a participação de Gilberto Gil, Robertinho do Recife e Dominguinhos, entre outros artistas, e recebeu indicação para o Prêmio Sharp, com a toada "O que vem a ser felicidade", tema da novela "O Rei do Gado" (Rede Globo). Ainda em 1995, apresentou-se nas cidades de Havana e Varadero, em Cuba.

Em 1996, fez temporada de dois meses de shows no Hipódromo Up, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, o CD "Abismo Zen" foi lançado em Paris, pelo selo Totem Records, e teve indicação para participar do concurso "Decouverts 96" da RFI (Rádio França Internacional), conquistando o 5º lugar entre os quatorze finalistas para o Prêmio Media-Adami.

Em 1997, gravou o CD "Agora", contendo três composições inéditas, "Tan-tan", "Gamela" (c/ Lenine) e "Negro céu" (c/ Jean Pierre), e regravações de "Futebol", "Judeu", "Cruzando raios" (c/ Toni Costa), "A montanha e a chuva", "Oriental" (c/ Cazuza), "Divinamente nua, a lua" (c/ Caetano Veloso), "Portuga" (c/ Cazuza), "A rota do indivíduo" (c/ Djavan), "Uma vida só" (c/ Ana Maria), "Agora", "Libera" e "O que vem a ser felicidade", além de "O amor" (Caetano Veloso e Ney Costa Santos). O disco, que teve participação de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Elza Soares, Lenine, do baterista Manu Katche e do africano Geoffrey Oryema, também foi lançado na França, pelo selo Totem Records. A faixa "Cruzando Raios" foi tema de abertura da novela "Anjo Mau" (Rede Globo). Nesse mesmo ano, classificou-se em terceiro lugar no concurso Decouverts 97 da RFI. Ainda em 1997, foi contemplado com o Prêmio Qualidade Brasil.

Em 1998, fez uma turnê européia com o show "Agora" e mudou-se com a família para Los Angeles, onde compôs a trilha sonora do filme "Doña Barbara", a convite da diretora americana Betty Kaplan. Já em 1999, lançou o CD "Sete Vidas", no qual privilegiou seu lado de intérprete, homenageando seus compositores favoritos com a gravação de "Esotérico" e "Se eu quiser falar com Deus", ambas de Gilberto Gil, "Firmamento" (versão de Toni Garrido, Lazão, Da Gama e Bino para música de Henry Lawes e Winston Foster), "Terra" (Caetano Veloso), "Certas coisas" (Lulu Santos e Nelson Motta), "Faltando um pedaço" (Djavan), "Só se for a dois" (Cazuza), "Na primeira manhã" (Alceu Valença), "Lindo lago do amor" (Gonzaguinha), "Sal da Terra" (Beto Guedes e Ronaldo Bastos) e "Negro amor" (versão de Caetano Veloso e Péricles Cavalcanti para música de Bob Dylan), e incluindo no repertório as canções "7 Vidas" e "Hoje", ambas de sua autoria.

Em 2001, lançou o CD "Na paz" com uma apresentação ao vivo nos estúdios da Rádio MPB FM, no Rio de Janeiro, registrando suas canções "Love Friends", "Poderoso Chefão, a Canção", "Ana", "Tanto céu", "Quase", "Resistência", "Naufrágio", "Passou", "Cuba" (c/ Ricardo Leão), "Areia firme" (c/ Cléo Pires), "Dama voz", "Poderoso Chefão, a Canção II" e a faixa-título. Nesse mesmo ano, fez turnê de shows pelo país e gravou, na África do Sul, um video-clip da música "Na paz". Ainda em 2001, participou do programa "Tons do Brasil" (CNT), que se tornou especial de final de ano da emissora.

Entre 2002 e 2003, apresentou-se no Festival Internacional de Cinema (FICA), realizado em Goiânia. Nesse mesmo ano, fez show no Castelo de Caras, em Brissac (França). Ainda em 2002, recebeu seu primeiro Disco de Ouro, pela vendagem do CD "Na paz" e viajou para Paris, onde participou do show de lançamento do CD "Au millieu de la nuit", do cantor francês Gérard Darmon, que gravou uma versão de sua música "A montanha e a chuva". Nesse mesmo ano, lançou o CD "Tudo certo", contendo suas composições "Doidinha minha", "Menina linda", "Lado a lado", "Dinheiro", "Um amor assim" (c/ Ricardo Leão), "Vem não vem", "Tudo certo", "Neguinha", "Nem vem que não tem, "Garimpeiro", "Grito de Tupã", "Dois + dois são + ou - seis" e "Argentinaria". O disco contou com o apoio de uma banda formada por Ricardo Leão e Sacha Âmback (teclados), Ramiro Mussotto (percussão), Dunga (baixo), e Billy Brandão (guitarra).

Hoje Orlando celebra o fato de ter atingido um grau jamais alçado por outro brasileiro na França. A canção Où estu?, gravada em parceria com o francês Patrick Bruel (52), tornou-se a mais vendida na loja virtual iTunes no país, transformando o brasileiro em um fenômeno por lá. Radicado há quase quatro anos em Paris, ele cumpre uma extensa agenda de trabalhos na Europa, onde tem participado de festivais e divide o projeto Rivière Noire com os artistas franceses Pascal Danae e Jean Lamoot e Bako Dagnon, do Mali, no qual mistura ritmos e sons – o CD e DVD serão lançados ano que vem.

O êxito no continente, no entanto, não faz com que o músico esqueça os fãs brasileiros. O cantor, que vive na ponte aérea, vem abrindo seus caminhos profissionais e vê com entusiasmo a experiência de apresentar o programa Lá, gravado na Cidade Luz e exibido semanalmente no Canal Brasil. Na atração, ele recebe intérpretes de diferentes nacionalidades, com destaque para um time de franceses de todas as gerações. Orlando também foi o primeiro artista nacional a receber um visto “Competência e Talento” do governo francês.

Bate Longe - Orlando Morais e Kasse Mady

 
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Comentários

brunonegromonte disse…
Estimado Josué, fique à vontade para republicar as pautas do Musicaria. Não há restrição alguma de minha parte... abraços e sucesso!!

Bruno Negromonte