Em entrevista à Junior, Gloria Pires defende fim do preconceito
Gloria Pires é uma das mais competentes atrizes brasileiras e é a entrevistada da edição deste mês da JUNIOR, que comemora os cinco anos da sua publicação preferida. Nos intervalos entre cenas das filmagens no majestoso Palácio da Cidade, onde fica o gabinete do prefeito no bairro carioca de Botafogo, Gloria recebeu a JUNIOR para falar sobre seu novo trabalho.
Em “Flores Raras”, de Bruno Barreto (com quem já trabalhou em “O Quatrilho”), ela interpreta Lota Macedo Soares, paisagista e urbanista brasileira que foi umas das responsáveis pela construção do Parque do Flamengo. Ela tinha um caso de amor com a poetisa Elizabeth Bishop – exatamente o centro do novo longa de Barreto. Em entrevista à JUNIOR, Gloria diz que sempre defendeu o fim do preconceito e a valorização da liberdade individual das pessoas. Aqui embaixo ela fala mais sobre o assunto, a entrevista completa você confere na capa de numero 44.
E pelo menos desde que entrou nesse papel em “Flores Raras” você tem dado entrevistas levantando um discurso lindo contra o preconceito, de liberdade e de aceitação.
Na verdade eu sempre pensei e me posicionei assim.
Esse discurso já estava pronto?
Meu pai era ator, minha mãe era produtora. Eles conviveram com homossexuais a vida toda. Minha casa sempre teve casais masculinos, casais femininos. Isso nunca foi uma coisa de outro mundo, nunca. Então esse é o meu discurso meu para os meus filhos e filhas, é isso aí mesmo que eu vivo e penso. É como eu também penso em relação a mim mesma, acho que ninguém deve satisfação a ninguém sobre sua vida pessoal. Todo mundo pode ser homossexual. Eu não sou uma pessoa política, politizada, mas acho um grande erro o Estado se ocupar da moral das pessoas. Quem é que pode dizer isso é certo e isso é errado? Quem é o melhor, o perfeito para assumir essa posição?
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