Gloria Pires no 10º Prêmio Fiesp/Sesi de Cinema: ‘A minha sensação é de dever cumprido’
Melhor atriz pelo seu papel em “Flores Raras”, intérprete da arquiteta e paisagista Lota de Macedo Soares elogia empenho para viabilizar a produção
Isabela Barros, Agência Indusnet Fiesp
Isabela Barros, Agência Indusnet Fiesp
Estrela entre as estrelas presentes ao Teatro do Sesi-SP na noite desta terça-feira (01/04), Gloria Pires era só sorrisos e agradecimentos por ter levado o troféu de melhor atriz pelo filme “Flores Raras” no 10º Prêmio Fiesp/Sesi de Cinema.
Ela aproveitou a ocasião para destacar a memória da arquiteta e paisagista Lota de Macedo Soares, seu papel na película.
“Tudo o que vem junto com um filme é especial”, disse Gloria. “Interpretar pessoas que realmente existiram é mais especial ainda, a minha sensação é de dever cumprido”.
“Flores Raras” conta a história de amor entre Lota e a poetisa norte-americana Elisabeth Bishop. A obra é ambientada no Brasil, nos anos 1950 e 1960, tendo como principais cenários as paisagens do Rio de Janeiro.
A melhor atriz no 10º Prêmio Fiesp/Sesi de Cinema contou ainda que se sente honrada por ter ajudado a levar ao público um pouco da vida da arquiteta, que participou de trabalhos como o projeto de urbanização do Aterro do Flamengo, na capital carioca.
“A Lota não gostava muito de fotos e eu não tive acesso a vídeos, a nada”, afirmou Gloria.
“Mesmo assim, pessoas que a conheceram e viram o filme disseram que havia muita semelhança entre nós”, disse. “Brinco que deve ter sido obra da principal interessada na história”.
Dezessete anos depois
A atriz fez questão de elogiar ainda o empenho da produtora Lucy Barreto para levar o filme adiante, já que o fato de abordar o romance entre duas mulheres afastou muitos patrocinadores.
Dezessete anos depois
A atriz fez questão de elogiar ainda o empenho da produtora Lucy Barreto para levar o filme adiante, já que o fato de abordar o romance entre duas mulheres afastou muitos patrocinadores.
O longa foi dirigido por Bruno Barreto. “A espera foi tanta, durou 17 anos, que eu nem esperava mais que esse trabalho saísse”, contou. “E a Lucy sempre dizia que só via a mim interpretando a Lota”.
Para Gloria, “Lucy Barreto também é uma flor rara”. “Foi gratificante demais ter feito o filme”, disse. “Assim como é gratificante que existam no Brasil festivais importantes como esse da Fiesp e do Sesi-SP”.
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