Glória Pires arrasa no premiado filme "É Proibido Fumar"

Por Mariane Morisawa


Glória Pires sempre foi reconhecidamente uma ótima atriz de televisão. Como ela não faz tanto cinema assim, cada vez que ela arrasa num filme é como se fosse uma surpresa. É isso o que acontece de novo em “É proibido fumar”, de Anna Muylaert.
A atriz interpreta Baby, uma mulher de seus 40 anos com uma vidinha bem mais ou menos, meio perdida no passado. Ela dá aulas particulares de violão a alunos pouco talentosos, em seu próprio apartamento, herdado da mãe – como é a única solteira e “malsucedida” entre as três filhas, ficou com o imóvel. E briga com elas pelo sofá de uma tia.
Mas Baby é mulher, e tudo muda quando um novo vizinho ocupa o apartamento ao lado. Max (Paulo Miklos, igualmente ótimo) também sobrevive da música, mas cantando em bares e churrascarias – é uma das cenas mais hilariantes, aliás, ver o ex-titã interpretando sambão. O cara é meio mulherengo, mas boa praça até dizer chega.
A história dos dois é como a de tantas outras pessoas comuns, com seus defeitos e qualidades, e aí que está seu encanto. Mesmo quando algo completamente inesperado acontece na vida de Baby, mudando os rumos e o tom do filme, Anna Muylaert lida de forma natural, como seria na vida, mas com diálogos afiados e um roteirinho bem escrito e bem humorado. Mereceu os oito prêmios recebidos no último Festival de Brasília.

Fonte de pesquisa:

Marie Claire (Link original, aqui)

Comentários