Gloria Pires: "Estou ansiosa para ser avó"
Em entrevista a QUEM, a atriz fala sobre a passagem do tempo, os cuidados com a alimentação e a vida em família.
Deitada sobre uma maca, em uma sala iluminada apenas pela chama de uma vela, Gloria Pires recebe uma massagem, enquanto conversa com QUEM, após um longo dia de trabalho. Ela acabou de fotografar a nova campanha da marca de calçados Arezzo e sente-se cansada. “Tenho me desdobrado muito para dar conta de tudo. Conto com uma grande equipe que me auxilia, não conseguiria sozinha”, diz ela, referindo-se à rotina atribulada como mãe, mulher e atriz. Enquanto Gloria mora com os filhos Antônia, Ana e Bento, de seu casamento com Orlando Morais, no Rio de Janeiro, onde grava as cenas da personagem Norma, de Insensato Coração, o marido fica em Goiânia, onde está vivendo por causa de projetos profissionais – incluídos aí o lançamento de dois loteamentos na cidade. “Orlando é uma pessoa incansável e eu amo o que faço, mas também amamos uma aventura, por isso estamos cada um num lugar”, diz ela, que surpreende ao revelar que, após ter morado dois anos e meio na França, não faz questão de fixar residência outra vez no Brasil. Aos 47 anos, ela admite almejar duas coisas: ver a filha Antônia, 18 anos, concretizar o desejo de ser atriz, e a filha mais velha, Cleo Pires, tornar-se mãe. “Estou ansiosa para ser avó. É uma coisa em que já penso há tanto tempo...”
QUEM: Você está chegando perto dos 50 anos. Como sente isso?
Glória Pires: A passagem dos anos tem tudo de positivo. Não tem nada que eu preferisse como era antes. Tudo eu prefiro como é hoje. Não sou uma pessoa saudosista, para mim a vida é daqui para a frente. Olho para trás como aprendizado, a gente aprende com o que viveu, eu pelo menos sou assim. Não tenho assistido às reprises de Vale Tudo ou O Rei do Gado, por exemplo, não dá tempo. Penso na vida daqui para a frente, não fico pensando “eu era assim, eu era assado, eu era jovem”. Não voltaria nem um dia na minha vida, se me fosse dada essa condição. Não voltaria nem a ontem.
QUEM: A Cleo falou que está cogitando a possibilidade de ser mãe. Você já pensou em ter netos?
GP: Estou ansiosa para ser avó, é uma coisa em que já penso há tanto tempo... (Faz uma pausa) Estou totalmente preparada para isso e a Cleo vai ser uma mãe tão legal, sabe? Ela é tão próxima dos irmãos, ela é ótima!
"A passagem dos anos tem tudo de positivo. (...) não voltaria nem um dia na minha vida, se me fosse dada essa condição. Não voltaria nem a ontem. "
QUEM: Mas não lhe parece estranha a ideia de ser avó, já que você ainda é mãe de um menino pequeno?
GP: De jeito nenhum. O Bento já tem 6 anos, já é um rapaz. Seria um tio próximo do sobrinho ou da sobrinha, né? Seria muito bom, muito bom mesmo.
QUEM: Na campanha que você acaba de fotografar, sua filha Antônia, que já tem 18 anos, fez a estreia profissional a seu lado. Você e Orlando aceitaram naturalmente o desejo dela de ser atriz?
GP: Claro. Sempre soubemos desse talento dela e estávamos esperando que ela demonstrasse seu desejo. Além de mim, há a madrinha dela, a Louise Cardoso (atriz), que foi superimportante para essa decisão da Antônia, para ela ter efetivamente se matriculado em um curso de teatro. A Louise foi professora de teatro, fez Tablado a vida toda, então, foi pesquisar lugares para ela. Incentivo é o que não falta. E, mais do que isso, a Antônia tem nosso apoio total, meu e do pai dela.
QUEM: Orlando tem passado muito tempo longe de vocês?
GP: Estão todos aqui no Brasil, os filhos direto comigo, no Rio, mas o Orlando está na ponte aérea França-Brasil. Vem para cá, fica um pouco no Rio, muito em Goiânia, um pouco em Brasília... Ele tem rodado muito.
QUEM: Isso não é ruim para a vida em família?
GP: Quem nos conhece sabe que é o nosso temperamento de casal: Orlando é uma pessoa incansável e eu amo o que faço, mas também amamos uma aventura, por isso estamos cada um num lugar. Ele cuida de tantas coisas tão diversas! Agora, está fazendo dois loteamentos em Goiânia, tem um monte de outros projetos relacionados a isso, tem a carreira internacional dele, está lançando um trabalho com músicos franceses... Então, realmente, ele é incansável. Já eu tive sorte de ser chamada para tantos trabalhos incríveis! A gente vai administrando, mas o corpinho padece (risos).
QUEM: Como dá conta de cuidar dos filhos, administrar a carreira?
GP: Tenho me desdobrado muito para dar conta de tudo. Conto com uma grande equipe que me auxilia, não conseguiria sozinha. Tenho pessoas excelentes que já estão comigo há muitos anos, uma babá, por exemplo, que já é mãe de todo mundo lá em casa, há 11 anos, sabe? Tem a minha irmã, Linda, que cuida da parte financeira. Então, existem pessoas muito pontuais e importantes em vários setores da nossa vida, que permitem esse desdobramento da gente, meu e do Orlando. Mas, ao mesmo tempo, eu preciso muito da minha família, da minha casa, do meu lugar. Preciso saber que as coisas estão em ordem, isso me faz falta.
QUEM: Vocês voltaram a morar de vez no Brasil?
GP: O retorno para o Brasil foi bom, depois de dois anos e meio em Paris. Acho que as crianças usufruíram muito, porque aprenderam, tiveram uma vivência diferente, com língua e cultura diferentes. E eu pude estar com eles. A volta foi o fim de uma coisa de mudança, né? Muda para Paris, muda de volta para cá. Mas isso é muito bom. Se a gente voltar de vez ou for para outro lugar, isso não é o mais importante. Somos uma família cigana, sabe? A gente tem raízes muito fortes, mas também ama uma aventura.
"Eu fumava muito, mas sempre consegui parar na gestação e durante o aleitamento. Sou bastante objetiva e acho que, para alcançar um objetivo, tem que ter foco."
QUEM: A violência no Brasil preocupava vocês?
GP: A gente tinha uma preocupação forte em voltar para o Brasil por causa da violência, mas acho que neste momento existe uma força dos governos para acabar com essa pouca-vergonha. Estava difícil demais e insuportável. Mas, finalmente, percebeu-se que sem uma atitude firme, nada poderia ser levado adiante.
QUEM: Não sente falta da vida aqui?
GP: Na verdade, eu me sinto em casa onde está o meu povo, não tenho o menor receio de mudar, de ter uma vida nova, até porque as nossas raízes estão aqui muito bem plantadas: nossas famílias, a força do nosso trabalho, nossa estrutura toda está aqui. Isso permite que a gente possa se aventurar com o nosso núcleo por aí. O tempo em Paris foi uma época ótima, mas, embora estivesse morando lá, trabalhei muito aqui, fiz três filmes... E teve também toda a mudança de temperatura, o corpo sofre muito com tudo isso.
QUEM: Mas aparentemente você emagreceu, está mais bonita...
GP: Ah, mas é de agora. Estou fazendo uma dieta totalmente restritiva, de mil calorias por dia. Perdi 2 quilos de gordura. Não foi nem na balança, foi de massa gorda, isso é muito mesmo. O que eu fiz foi isso: fui no João Curvo, meu nutricionista há anos, e ele me passou uma dieta bem séria. Tem também a doutora Janaína Barbosa que está me ajudando. Minha anemia, que tive por causa dessa vida corrida, ficou organizada e meus hormônios também. Eu privilegio a saúde, acho que a boa imagem é resultado de uma boa saúde. Consegui abandonar o cigarro há 11 anos, graças a Deus. As pessoas ficam surpresas de saber que eu fumava, acho que não tenho cara de fumante. Eu fumava muito, mas sempre consegui parar na gestação e durante o aleitamento. Sou bastante objetiva e acho que, para alcançar um objetivo, tem que ter foco.
QUEM: Seu cabelo é sua marca registrada, como faz para deixá-lo tão bonito?
GP: Eu nem devia falar isso porque poderia ter uma boa campanha de xampu (risos), mas é natural, não faço nada.
Após morar por dois anos e meio na França, Glória Pires surpreende ao dizer que pode não fixar residência no Brasil outra vez. “Somos uma família cigana”, diz ela, que também se mostra preparada para a chegada do primeiro neto: “a Cleo seria uma mãe tão legal!”
OBS: Essa reportagem está disponível na quem, só para assinantes O Globo, portanto, esse link que vai abaixo é uma matéria reduzida de tudo abordado à cima. Através de um amigo, o Dalton, da Cumunidade Gloria Pires que conseguimos a entrevista toda!
Fonte de Pesquisa:
Revista Quem
Capa revista Quem dessa semana.
Deitada sobre uma maca, em uma sala iluminada apenas pela chama de uma vela, Gloria Pires recebe uma massagem, enquanto conversa com QUEM, após um longo dia de trabalho. Ela acabou de fotografar a nova campanha da marca de calçados Arezzo e sente-se cansada. “Tenho me desdobrado muito para dar conta de tudo. Conto com uma grande equipe que me auxilia, não conseguiria sozinha”, diz ela, referindo-se à rotina atribulada como mãe, mulher e atriz. Enquanto Gloria mora com os filhos Antônia, Ana e Bento, de seu casamento com Orlando Morais, no Rio de Janeiro, onde grava as cenas da personagem Norma, de Insensato Coração, o marido fica em Goiânia, onde está vivendo por causa de projetos profissionais – incluídos aí o lançamento de dois loteamentos na cidade. “Orlando é uma pessoa incansável e eu amo o que faço, mas também amamos uma aventura, por isso estamos cada um num lugar”, diz ela, que surpreende ao revelar que, após ter morado dois anos e meio na França, não faz questão de fixar residência outra vez no Brasil. Aos 47 anos, ela admite almejar duas coisas: ver a filha Antônia, 18 anos, concretizar o desejo de ser atriz, e a filha mais velha, Cleo Pires, tornar-se mãe. “Estou ansiosa para ser avó. É uma coisa em que já penso há tanto tempo...”
QUEM: Você está chegando perto dos 50 anos. Como sente isso?
Glória Pires: A passagem dos anos tem tudo de positivo. Não tem nada que eu preferisse como era antes. Tudo eu prefiro como é hoje. Não sou uma pessoa saudosista, para mim a vida é daqui para a frente. Olho para trás como aprendizado, a gente aprende com o que viveu, eu pelo menos sou assim. Não tenho assistido às reprises de Vale Tudo ou O Rei do Gado, por exemplo, não dá tempo. Penso na vida daqui para a frente, não fico pensando “eu era assim, eu era assado, eu era jovem”. Não voltaria nem um dia na minha vida, se me fosse dada essa condição. Não voltaria nem a ontem.
QUEM: A Cleo falou que está cogitando a possibilidade de ser mãe. Você já pensou em ter netos?
GP: Estou ansiosa para ser avó, é uma coisa em que já penso há tanto tempo... (Faz uma pausa) Estou totalmente preparada para isso e a Cleo vai ser uma mãe tão legal, sabe? Ela é tão próxima dos irmãos, ela é ótima!
"A passagem dos anos tem tudo de positivo. (...) não voltaria nem um dia na minha vida, se me fosse dada essa condição. Não voltaria nem a ontem. "
QUEM: Mas não lhe parece estranha a ideia de ser avó, já que você ainda é mãe de um menino pequeno?
GP: De jeito nenhum. O Bento já tem 6 anos, já é um rapaz. Seria um tio próximo do sobrinho ou da sobrinha, né? Seria muito bom, muito bom mesmo.
QUEM: Na campanha que você acaba de fotografar, sua filha Antônia, que já tem 18 anos, fez a estreia profissional a seu lado. Você e Orlando aceitaram naturalmente o desejo dela de ser atriz?
GP: Claro. Sempre soubemos desse talento dela e estávamos esperando que ela demonstrasse seu desejo. Além de mim, há a madrinha dela, a Louise Cardoso (atriz), que foi superimportante para essa decisão da Antônia, para ela ter efetivamente se matriculado em um curso de teatro. A Louise foi professora de teatro, fez Tablado a vida toda, então, foi pesquisar lugares para ela. Incentivo é o que não falta. E, mais do que isso, a Antônia tem nosso apoio total, meu e do pai dela.
QUEM: Orlando tem passado muito tempo longe de vocês?
GP: Estão todos aqui no Brasil, os filhos direto comigo, no Rio, mas o Orlando está na ponte aérea França-Brasil. Vem para cá, fica um pouco no Rio, muito em Goiânia, um pouco em Brasília... Ele tem rodado muito.
QUEM: Isso não é ruim para a vida em família?
GP: Quem nos conhece sabe que é o nosso temperamento de casal: Orlando é uma pessoa incansável e eu amo o que faço, mas também amamos uma aventura, por isso estamos cada um num lugar. Ele cuida de tantas coisas tão diversas! Agora, está fazendo dois loteamentos em Goiânia, tem um monte de outros projetos relacionados a isso, tem a carreira internacional dele, está lançando um trabalho com músicos franceses... Então, realmente, ele é incansável. Já eu tive sorte de ser chamada para tantos trabalhos incríveis! A gente vai administrando, mas o corpinho padece (risos).
QUEM: Como dá conta de cuidar dos filhos, administrar a carreira?
GP: Tenho me desdobrado muito para dar conta de tudo. Conto com uma grande equipe que me auxilia, não conseguiria sozinha. Tenho pessoas excelentes que já estão comigo há muitos anos, uma babá, por exemplo, que já é mãe de todo mundo lá em casa, há 11 anos, sabe? Tem a minha irmã, Linda, que cuida da parte financeira. Então, existem pessoas muito pontuais e importantes em vários setores da nossa vida, que permitem esse desdobramento da gente, meu e do Orlando. Mas, ao mesmo tempo, eu preciso muito da minha família, da minha casa, do meu lugar. Preciso saber que as coisas estão em ordem, isso me faz falta.
QUEM: Vocês voltaram a morar de vez no Brasil?
GP: O retorno para o Brasil foi bom, depois de dois anos e meio em Paris. Acho que as crianças usufruíram muito, porque aprenderam, tiveram uma vivência diferente, com língua e cultura diferentes. E eu pude estar com eles. A volta foi o fim de uma coisa de mudança, né? Muda para Paris, muda de volta para cá. Mas isso é muito bom. Se a gente voltar de vez ou for para outro lugar, isso não é o mais importante. Somos uma família cigana, sabe? A gente tem raízes muito fortes, mas também ama uma aventura.
"Eu fumava muito, mas sempre consegui parar na gestação e durante o aleitamento. Sou bastante objetiva e acho que, para alcançar um objetivo, tem que ter foco."
QUEM: A violência no Brasil preocupava vocês?
GP: A gente tinha uma preocupação forte em voltar para o Brasil por causa da violência, mas acho que neste momento existe uma força dos governos para acabar com essa pouca-vergonha. Estava difícil demais e insuportável. Mas, finalmente, percebeu-se que sem uma atitude firme, nada poderia ser levado adiante.
QUEM: Não sente falta da vida aqui?
GP: Na verdade, eu me sinto em casa onde está o meu povo, não tenho o menor receio de mudar, de ter uma vida nova, até porque as nossas raízes estão aqui muito bem plantadas: nossas famílias, a força do nosso trabalho, nossa estrutura toda está aqui. Isso permite que a gente possa se aventurar com o nosso núcleo por aí. O tempo em Paris foi uma época ótima, mas, embora estivesse morando lá, trabalhei muito aqui, fiz três filmes... E teve também toda a mudança de temperatura, o corpo sofre muito com tudo isso.
QUEM: Mas aparentemente você emagreceu, está mais bonita...
GP: Ah, mas é de agora. Estou fazendo uma dieta totalmente restritiva, de mil calorias por dia. Perdi 2 quilos de gordura. Não foi nem na balança, foi de massa gorda, isso é muito mesmo. O que eu fiz foi isso: fui no João Curvo, meu nutricionista há anos, e ele me passou uma dieta bem séria. Tem também a doutora Janaína Barbosa que está me ajudando. Minha anemia, que tive por causa dessa vida corrida, ficou organizada e meus hormônios também. Eu privilegio a saúde, acho que a boa imagem é resultado de uma boa saúde. Consegui abandonar o cigarro há 11 anos, graças a Deus. As pessoas ficam surpresas de saber que eu fumava, acho que não tenho cara de fumante. Eu fumava muito, mas sempre consegui parar na gestação e durante o aleitamento. Sou bastante objetiva e acho que, para alcançar um objetivo, tem que ter foco.
QUEM: Seu cabelo é sua marca registrada, como faz para deixá-lo tão bonito?
GP: Eu nem devia falar isso porque poderia ter uma boa campanha de xampu (risos), mas é natural, não faço nada.
Após morar por dois anos e meio na França, Glória Pires surpreende ao dizer que pode não fixar residência no Brasil outra vez. “Somos uma família cigana”, diz ela, que também se mostra preparada para a chegada do primeiro neto: “a Cleo seria uma mãe tão legal!”
OBS: Essa reportagem está disponível na quem, só para assinantes O Globo, portanto, esse link que vai abaixo é uma matéria reduzida de tudo abordado à cima. Através de um amigo, o Dalton, da Cumunidade Gloria Pires que conseguimos a entrevista toda!
Fonte de Pesquisa:
Revista Quem
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