A parceria de Antonia Morais e Gloria Pires
A estreia de mais uma filha em novelas vem mexendo com a emoção de Gloria Pires (49). Ícone da TV brasileira, estrela de Guerra dos Sexos no papel da executiva Roberta, ela deixou suas credenciais de lado para virar apenas tiete de Antonia Morais (20), da união com o cantor Orlando Morais (50). Desde 31 de dezembro, Antonia participa também da trama como a misteriosa Isadora. “Toda mãe é boba, não fujo à regra”, assume ela, que tem outra filha atriz, Cleo Pires (30), no ar em Salve Jorge. A empolgação de Gloria, mãe ainda de Ana (12) e Bento (7), rivaliza até com a da herdeira, que antes havia participado da série As Brasileiras. “Ela está tão orgulhosa que não consegue esconder”, diverte-se Antonia.
– Como avalia o atual momento de Antonia?
– Tudo é motivo de festa. É bom vê-la abraçando uma carreira com prazer. E comemoro junto, aviso quando sai foto, vibro quando chega tarde das gravações noturnas...
– Acredita que tenha influenciado a escolha?
Gloria – Nunca forcei, nem dei palpite. Tudo foi muito natural.
Antonia – Cresci tendo em casa um exemplo de profissionalismo. Por isso, sempre quis ser atriz.
– Além de estudar o papel, teve algum cuidado especial com o visual para entrar na novela?
Antonia – Na verdade, já cuido disso há algum tempo. Comia muito mal, besteiras, e quando mudamos para Paris, em 2008, decidi me sentir bem com o espelho. Passei a ter uma alimentação mais saudável.
Gloria – O fato dela não comer bem me preocupava, mas não adiantava falar. A pessoa precisa querer, amadurecer e foi o que aconteceu.
– Gloria, você dá conselhos, opina no trabalho?
Tenho total respeito, não sou invasiva. Quando Antonia me pergunta coisas, tento ajudar. Acho ótimo seu jeito curioso. Só insisti para que viesse ao Projac antes de começar a gravar. Ela é uma menina, não tem nenhuma experiência, e entrou em uma novela na qual a equipe já está afinada. Ficou meio receosa, com medo de atrapalhar, mas percebeu que faz parte do processo.
– Antonia tem seu estilo?
Gloria – Comecei muito menina, fui fazer alguma formação depois. Era muito intuitiva, uma atriz e uma pessoa insegura. Não tinha a firmeza que ela e Cleo têm.
Antonia – Pouquíssimas vezes vi minha mãe estudar. Ela é reservada. A gente se desencontra muito em casa, mas creio que decorar texto e atuar são coisas únicas. No meu caso, fico no quarto, que é um templo para mim. Me tranco lá e viajo, grito. (risos) As pessoas passam no corredor e devem me achar uma louca. E se alguém incomoda, viro uma arara.
– Cleo sofreu comparações com sua mãe. Teme que a história se repita?
Antonia – Já liguei, agora não mais. Cheguei até a pensar em deixar de atuar por causa da exposição, mas relaxei.
– E não pensa em sair de casa e morar sozinha?
Antonia – Jamais! (risos) É muito bom ter a família por perto. Sempre tive liberdade, por mim moraria sempre com eles.
Gloria – Ela já me falou isso. (risos) Mas perguntei: ‘E quando você casar?’ Ela respondeu que o marido dela irá morar com a gente. (risos) Sou super a favor da independência de pensamento, de ação. Mas tudo tem o seu momento. Só me preocupo com a violência. Quando eles saem de casa, rezo e faço uma cruzinha nas costas, no peito e na testa deles...
– Sempre foi uma mãe zelosa?
Gloria – Muito! É um dos meus maiores prazeres, agarrar e apertar todos os meus filhos. Mas quando ficam mais velhos, rola um certo grilo. Depois passa. E eles sentem falta. (risos)
– Como enxerga hoje a rotina em família?
Gloria – Acho a vida em si uma coisa muito mágica. Não me canso de curtir o processo evolutivo de cada filho. Foi assim com Cleo, agora com a Antonia, daqui a pouco será com Ana e depois com o Bento. Tudo o que a gente quer é ver os filhos felizes com o que escolheram para fazer na vida.
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