Gloria Pires comemora personagem mais leve em Guerra dos Sexos

A carreira bem-sucedida de atriz que Gloria Pires construiu na tevê é inquestionável. Desde que estreou, aos cinco anos, em A Pequena Órfã, exibida pela TV Excelsior em 1968, vem acumulando papéis de destaque. Entre eles, a Marisa Matos de Dancin' Days, a Zuca de Cabocla, a Nice de Anjo Mau e as gêmeas Ruth e Raquel de Mulheres de Areia, entre outros. Na maior parte, são personagens mais densas ou dramáticas, como a Norma de Insensato Coração, que Gloria interpretou relativamente há pouco tempo, em 2011. Talvez por isso ela esteja tão empolgada por voltar ao ar em uma novela de comédia como Guerra dos Sexos, na pele de Roberta. 

"Tem um sabor diferente do que normalmente tem quando faço televisão. É mais leve, descontraído. Com tantos anos de carreira e eu ainda estou fazendo uma coisa nova. É muito bom", constata. Justamente por ser um papel bem diferente e mais leve que a intensa Norma, Gloria precisou adaptar seu visual. A equipe de caracterização da novela escolheu um corte moderno e repicado, com algumas mechas em um tom acobreado. "A ideia era que surpreendesse e que pudesse estar dentro de comédia. Principalmente depois da última novela em que fiquei 60 capítulos com aquela carinha judiada", explica, referindo-se ao trabalho em Insensato Coração. 

Na trama de Silvio de Abreu, Gloria interpreta uma mulher forte e trabalhadora que, depois da morte do marido, Vitório, de Carlos Alberto Riccelli, se vê obrigada a tocar os negócios da família sozinha. "O interessante é que tem torta na cara e, ao mesmo tempo, a morte do marido, então vai de um extremo ao outro. Mesmo nos momentos dramáticos, é um drama diferente, é em uma outra região, diferente do que eu estou habituada a fazer. É um exercício maravilhoso", ressalta ela, que repete a parceria com Riccelli, com quem contracenou em Vale Tudo. "Foi muito rápido. Fizemos talvez 10 cenas juntos, mas foi muito bacana", celebra. 

Como a proposta da novela é não ser um repetição da versão original, Gloria, que não havia acompanhado Guerra dos Sexos em 1983, também não foi assistir a nenhuma cena para buscar referências. Preferiu se concentrar no texto de Silvio de Abreu e na direção de Jorge Fernando. "Os personagens têm os mesmos nomes, mas coisas diferentes podem acontecer, não há um compromisso de repetir aquilo. Como a gente não sabe que caminhos serão tomados, tem uma coisa fresca, nova, que é ótima", analisa ela, que ficou quase um mês em São Paulo para as primeiras gravações. 

O ritmo de trabalho, aliás, tem sido intenso desde então. Tudo porque o objetivo do diretor era estrear a trama com 24 capítulos fechados. Mas, mesmo com a pressão da meta estipulada, o clima nos bastidores é de descontração. "É um ambiente muito agradável, onde as pessoas se respeitam, têm prazer em estar juntas, riem. O Jorge Fernando mesmo faz palhaçada, brinca. Isso dá um outro tempero", destaca. 

O convite para viver a Roberta foi feito por Jorge Fernando quando Gloria ainda estava terminando Insensato Coração. Ela até pensava em tirar férias. Mas, para a atriz, a oportunidade era irresistível. Principalmente por se tratar de um folhetim que foi um sucesso nos anos 80 e por ser uma personagem interpretada anteriormente por Gloria Menezes. "O pacote foi irrecusável. Também é a primeira vez que trabalho com Jorginho como diretor. Trabalhei com ele como ator, fazendo a novela Água Viva. Com Silvio de Abreu, só tinha feito Belíssima", enumera. "As pessoas falam: 'Mas você não para de trabalhar'. São convites que eu não posso falar: 'não estou afim, vou tirar férias'. Não dá", completa.

Fonte:
Ofuxico

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