Hoje, eu sou mais de ouvir e menos de falar, diz Gloria Pires

Atriz diz em coletiva que se não fosse pelo pai talvez não seguisse a carreira artística
Vanessa Sulina, do R7
Foto: Julia Chequer


Simpática e discreta, mas preocupando-se com cada palavra. Foi assim que Gloria Pires lançou na tarde desta segunda-feira (12) em São Paulo sua biografia autorizada, 40 anos de Gloria. O livro, de Eduardo Nassife e Fábio Fabretti, conta a trajetória profissional da atriz, que começou na televisão aos quatro anos de idade, em 1969.
Em entrevista coletiva aos jornalistas, Gloria contou que a publicação lhe deu oportunidade de relembrar um passado, que em muitos detalhes não fazia mais parte de sua memória.
- Não tenho um arquivo pessoal meu, não tenho muitas fotos antigas, tinha muitos momentos que eu não lembrava mais. Então, precisei perguntar para minha irmã, para pessoas que fizeram parte da minha vida. Foi muito bom reviver tudo aquilo.
Segundo Nassife, o projeto inicial não era fazer um livro sobre a vida profissional da atriz, mas uma biografia. Como Gloria recusou a ideia, pois, de acordo com a atriz, “biografia é para quem viveu mais”, ele a convidou para fazer este livro comemorativo.
Apesar da clara separação entre vida pessoal e profissional, uma figura ajudou a compor a história da atriz: seu pai e também ator, Antônio Carlos Pires. Ele fez papéis na TV, muitos deles como comediante.
Gloria revelou que a influência do pai foi o que provavelmente a levou a seguir a carreira artística.
- Eu acho que se não tivesse este exemplo dentro de casa, não seria atriz. Desde pequena via meu pai trabalhando e acompanhava o processo de composição do personagem. Se eu não tivesse mãe ou pai na área, acho que teria escolhido outra coisa. Profissão de artista não era nem bem vista naquela época.
Apesar do questionamento sobre sua escolha profissional, a atriz diz que quando atua “se esquece do mundo e sente um prazer pessoal muito forte”. Porém, com o passar dos anos e a vida exposta por causa da fama, ela diz que aprendeu a lidar melhor com que fala.
- No início você tem uma relação com repórter como se fosse seu amigo, mas depois a gente vê que o que vai publicado vai de acordo com o editor, que é uma pessoa que não te conhece, que não é seu amigo. Ele vai escolher o que chama mais atenção para o veículo dele. Por isso, hoje, eu sou mais de ouvir e menos de falar.
Fonte de pesquisa:
R7 Entretenimento (Link original, aqui)

Comentários